quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

HQ´S da oficina














terça-feira, 26 de janeiro de 2010

Menino Caranguejo



O Menino Caranguejo é um personagem brasileiro, cujo principal mote é tratar de questões ambientais, sob vários ângulos.

Ele surgiu em 1997, e já participou de animações em flash, conquistando o segundo lugar pelo júri popular no festival Animamundiweb de 2004 em São Paulo e no Rio de Janeiro.
A revista apresenta o princípio de uma série de quadrinhos envolvendo situações cotidianas com ingredientes diversos como mistério, suspense, romance e troca de valores em respeito ao meio ambiente com a interação social.

Site Oficial

Will Eisner

segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

Projeto para oficina de arte de curta duração

Autoria:


Anne Wendt,

Ivanir T. S. de Castro,

Maria Izolde Ferens,

Nicoli Krayevski.



Titulo: A linguagem do desenho através da história em quadrinhos



Objetivo geral: Oportunizar aos educandos um contato direto com as histórias em quadrinhos através da linguagem do desenho tendo como recurso a internet.



Objetivos específicos:

- Proporcionar aos alunos um contato com a biografia do artista Roy Lichtenstein e com a arte contemporânea;

- Apresentar aos educandos as características da Pop Art, contextualizando em seu período histórico;

- Propor aos alunos um contato com a linguagem da multimídia.

- Favorecer a experiência da criação de uma história em quadrinhos através do uso de recursos multimídia



Justificativa:

A cada dia mais jovens estão conectados com o mundo virtual. Isso reflete na escola, que passa a ser um lugar desinteressante para o aluno que encontra em uma Lan House ou em seu quarto mais possibilidades do que na sala de aula, onde o professor insiste em permanecer com o giz e quadro.

Justifica-se a presente proposta visando à necessidade dos educandos terem contato com as mais variadas tecnologias no âmbito escolar, para se tornar atrativo e desafiador o aprendizado.



Recursos didáticos:

- Computadores

- Site: http://www.bitstrips.com/

- Blog desenvolvido pelas arte educadoras.



Avaliação:

A avaliação será processual, para que seja possível avaliar a capacidade de transmitir uma idéia através da imagem de forma integral.

Referencias bibliográficas:



Itaú cultural

Site oficial de Roy Lichtenstein

Roy Lichtenstein




Roy Lichtenstein nasceu em 27 de outubro de 1923 na cidade de Nova Iorque, numa família de classe média, seu pai trabalhava como corretor de imóveis. Freqüenta uma escola secundária privada em Nova Iorque, onde a arte não fazia parte da grade educacional.

Começa a pintar em casa e desenha por livre vontade. Em sua adolescência desperta o interesse pelo jazz e assiste a concertos no Apollo Theater, no Harlem e em vários clubes de jazz na Rua 52, o que o leva a pintar retratos de músicos, muitas vezes tocando os seus instrumentos. Observa Pablo Picasso em busca de inspiração.



Wham - 1963



No verão de 1939, freqüenta aulas de arte no Art Students League (Liga dos Estudantes de Arte), dirigido por Reginald Marsh, desenha a partir de modelos ou de cenas e vistas de Nova Iorque: Coney lsland, Carnaval, Lutas de Boxe...

Conclui os estudos na escola superior, em 1940, com o sério propósito de continuar a estudar para se tornar artista. Devido à ênfase regional colocada pela Art Students League, Lichtenstein não sente qualquer necessidade de permanecer em Nova Iorque e ingressa na School of Fine Arts (Escola de Belas-Artes), da Ohio State University (Universidade do Estado de Ohio) uma das poucas, instituições que dá cursos e licenciaturas em belas artes.






Sunrise -1965


Na Ohio State é fortemente influenciado pelo Professor Hoyt L. Sherman: "Arte trata da percepção organizada. Com ele aprendi a ver com olhos de ver". Seus Trabalhos são baseados em modelos e naturezas-mortas.
Em 1943 ingressa no Exército. Presta serviço a Inglaterra, França, Bélgica e Alemanha. Desenha a natureza utilizando aquarela, lápis e carvão. Após o fim da guerra muda-se da Alemanha para a França. Faz breves estudos da língua e civilização francesa na Cité Universitaire.
Volta a Ohio State University para continuar os estudos de arte dirigidos por G. I. Bill e licencia-se em Junho de 1946. Freqüenta o programa de graduação e é contratado como instrutor. Seus quadros são essencialmente abstrações geométricas seguindo-se depois pinturas semi-abstratas de inspiração cubista.



Em 1949 conclui a graduação na Ohio State University, onde permanece como instrutor até 1951. Em 1949, casa com Isabel Wilson, mas divorcia-se em 1965. Participa em várias exposições coletivas na Chinese Gallery, em Nova Iorque. Faz a primeira exposição individual na Carlebach Gallery, em Nova Iorque. Em seus trabalhos, faz referências a Frederic Remington e Charles W. Peale num estilo cubista. Sua obra torna-se gradualmente mais solta, mais expressionista.



Sunrise - 1984


Faz montagens de objetos fundidos e gravados em madeira, representando cavalos, cavaleiros com armaduras e índios. Os mesmos temas são utilizados na pintura que flutua entre o expressionismo e o cubismo.

Muda-se para Cleveland em 1951, onde trabalha como gráfico, projetista, decorador de montras (vitrines) e desenhista em folha metálica. Faz três exposições individuais na John Heller Gallery, Nova Iorque. Nascem seus dois filhos, David Hoyt Lichtenstein e Mitchell Wilson Lichtenstein.
Lichtenstein concentra-se na pintura de temas americanos, empregando de forma exploratória o expressionismo e a abstração e pinta construções em madeira.
Em 1956, faz uma litografia humorística de uma nota de dez dólares, numa forma retilínea, uma espécie de nota falsa: proto-Pop.
Pinta num estilo expressionista abstrato não figurativo. Ocasionalmente faz desenhos de imagens de personagens já desenhados ( Mickey, Pato Donald e outras figuras Disney).
Faz uma exposição individual em 1958 na Condon Riley Gallery, Nova Iorque. Pinturas em expressionismo abstrato.



Forest Scene -1980


É nomeado professor assistente, em 1960, do Douglass College, Rutgers University, Nova Jersey. Muda-se para Highland Park, Nova Jersey. Conhece Robert Watts, Claes Oldenburg, Jim Dine, Robert Whitman, Lucas Samaras e George Segal. O ambiente e os acontecimentos artísticos voltam a despertar-lhe o interesse pelas imagens proto-Pop.

Em 1961, começa as primeiras pinturas Pop: imagens e técnicas inspiradas na aparência de impressão comercial. Lentamente passa a desenhar de lápis para a pintura a óleo diretamente sobre a tela. Começa a usar as imagens da publicidade que sugerem consumismo e trabalhos domésticos. No Outono do mesmo ano, coloca várias pinturas novas na Leo Castelli Gallery, em Nova Iorque. Algumas semanas mais tarde, vê na mesma galeria trabalhos de Andy Warhol usando também imagens da banda desenhada. (Castelli reconhece Lichtenstein como artista e rejeita Warhol.)
Em 1962, faz uma exposição individual na Leo Castelli Gallery. Tomou parte em "The New Paintings of Common Objects" (Novas Pinturas de Objetos Comuns), no Pasadena Art Museum, a primeira exposição num museu centrada na arte Pop. Esteve também presente em os "New Realists" (Novos Realistas) exposição que teve lugar na Sidney Janis Gallery, Nova Iorque.



No ano de 1962 seus trabalhos são inspirados nos de Picasso e de Piet Mondrian.



Look Mickey -1961


 
Em 1963 participa na "Six Painteirs and the Object" (Seis pintores e o objeto) no Solomou R. Guggenheim Mascam, Nova Iorque. Exposições individuais na Leo Castelli Gallery; na Ileana Sonnabend Gallery, Paris, na Ferus Gallery, Los Angeles e na II Punto Galeria, em Turim. É concedida a Lichtenstein, a licença de um ano na Universidade de Rutgers. Muda-se de Nova Jersey para Nova Iorque.

Demite-se da Universidade de Rutgers para se dedicar exclusivamente à pintura. Faz numerosas exposições, entre as quais uma retrospectiva (1961-67) na Pasadena Art Museum. A exposição retrospectiva viaja por Minneapolis, Amestrerdão, Londres, Berna e Hanover. Casa-se com Dorothy Herzka.
Faz pinturas e esculturas em cerâmica de cabeças de moças, inspiradas na banda desenhada da adolescência. Paisagens. Pinta monumentos ou clichés de arquitetura.
Em 1966 faz pinturas modernas usando imagens dos anos trinta. Em 1969, passa duas semanas nos estúdios da Universal Films, em Los Angeles, como artista-residente, para fazer um filme sobre o mar para a exposição "Art and Technology" (Arte e Tecnologia) no Los Angeles County Museum of Art. Trabalha em Nova Iorque com Joel Freedman da Cinnamon Productions, fazendo experiências com filmes.



White Brushstroke I - 1965


 
Faz nova exposição retrospectiva dos trabalhos (1961-1969) no Solomon E. Guggenheim Museum, a qual viaja depois para Kansas City, Seattle, Columbus e Chicago.

Expõe a "New York Painting and Sculpture: 1945-l970" (Pintura e escultura de Nova Iorque: 1945-1970) no Metropolitan Museum of Art, Nova Iorque.
Em 1970, muda-se para Southampton, Long Island. Pinta quatro grandes murais com pinceladas para a Faculdade de Medicina da Universidade de Dusseldórfia. Foi eleito para a Academia Americana de Arte e Ciência. Dois dos seus filmes sobre o mar são exibidos na "Expo'70" de Osaka, Japão.
Numerosas exposições individuais em galerias (Espelhos, Entablamentos e Tromp l'oeil) e outras obras de arte (Surrealismo, Futurismo, Expressionismo, Estúdios do Artista). Em 1979 executa para a escultura pública do National Eudowment for the Arts: "Mermaid", uma escultura de dez pés de altura feita em aço e betão para o Theater of the Perfoming Arts, Miami Beach, Florida.
No mesmo ano, é eleito membro da Academia Americana e Instituto das Artes e Letras.
Em 1981 faz outra exposição retrospectiva, desta vez das obras da década de 1970, organizada pelo Saint Louis Museum, que viaja pelos Estados Unidos, Europa e Japão.



Roy Lechtenstein


Adquire em 1982 um atelier num sótão em Manhattan, além do estúdio em Southampton.

Pinta o Green Street Mural (Mural da Rua Verde) em 1983, na Leo Castelli Gallery, 142 Greene Street, Nova Iorque.
Expõe o Mural with Blue Brushstroke (Mural com Pincelada Azul) em 1986 no edifício da Equitable Life Assurance Society, em Nova Iorque.
Em 1987 exibe uma retrospectiva de desenhos no Museum of Modern Art, Nova Iorque. (Também exposta em Francoforte, em 1988.)
Participa em 1990 do "High and Low: Modern Art and Popular Culture", no Museum of Modern Art, em Nova Iorque. "One-man show" nas galerias Ernst Beyeler, em Basileia, Daniel Templon, em Paris, e Hans Strelow, em Düsseldorf.
Em 1993 faz grande exposição de retrospectiva no Solomon R. Guggenheim Museum, em Nova Iorque, tendo sido depois exibida em Los Angeles, Montreal, Munique, Hamburgo, Bruxelas e Columbus, em Ohio (terminando em 1996).

Roy Lichtensten morre a 29 de Setembro de 1997, em Nova Iorque.












POP-ART



Movimento principalmente americano e britânico, sua denominação foi empregada pela primeira vez em 1954, pelo crítico inglês Lawrence Alloway, para designar os produtos da cultura popular da civilização ocidental, sobretudo os que eram provenientes dos Estados Unidos.
Com raízes no dadaísmo de Marcel Duchamp, o pop art começou a tomar forma no final da década de 1950, quando alguns artistas, após estudar os símbolos e produtos do mundo da propaganda nos Estados Unidos, passaram a transformá-los em tema de suas obras.
Representavam, assim, os componentes mais ostensivos da cultura popular, de poderosa influência na vida cotidiana na segunda metade do século XX. Era a volta a uma arte figurativa, em oposição ao expressionismo abstrato que dominava a cena estética desde o final da segunda guerra. Sua iconografia era a da televisão, da fotografia, dos quadrinhos, do cinema e da publicidade.
Com o objetivo da crítica irônica do bombardeamento da sociedade pelos objetos de consumo, ela operava com signos estéticos massificados da publicidade, quadrinhos, ilustrações e designam, usando como materiais principais, tinta acrílica, ilustrações e designs, usando como materiais, usando como materiais principais, tinta acrílica, poliéster, látex, produtos com cores intensas, brilhantes e vibrantes, reproduzindo objetos do cotidiano em tamanho consideravelmente grande, transformando o real em hiper-real. Mas ao mesmo tempo que produzia a crítica, a Pop Art se apoiava e necessitava dos objetivos de consumo, nos quais se inspirava e muitas vezes o próprio aumento do consumo, como aconteceu por exemplo, com as Sopas Campbell, de Andy Warhol, um dos principais artistas da Pop Art. Além disso, muito do que era considerado brega, virou moda, e já que tanto o gosto, como a arte tem um determinado valor e significado conforme o contexto histórico em que se realiza, a Pop Art proporcionou a transformação do que era considerado vulgar, em refinado, e aproximou a arte das massas, desmitificando, já que se utilizava de objetos próprios delas, a arte para poucos.















Breve História dos Quadrinhos (parte 2)



A popularização dos quadrinhos e o amadurecimento das crianças e adolescentes das décadas de 30 e 40 ajudaram a uma proliferação de artistas e personagens voltados também ao mundo adulto. Ainda na década de 50, Harvey Kurtzmann lança a revista "Mad", uma inovadora publicação que ironizava o estilo de vida norte-americano. Na França, no começo dos anos 60, surge "Barbarella", de Jean-Claude Forest, uma espécie de feminista intergaláctica insaciável sexualmente. Da França vem também Moebius que com seus desenhos e histórias futuristas viria a inspirar décadas depois produções hollywoodianas como "Alien" e "Tron". Em meados da década de 60, o italiano Guido Crepax mudou a diagramação tradicional dos quadrinhos e usou para isso "Valentina", uma das mais bonitas e sensuais heroínas dos gibis. Mas o ápice das revoluções sessentistas nos quadrinhos veio com a obra underground de Robert Crumb. Criador de "Fritz The Cat" e "Mr. Natural", ele escrevia e desenhava histórias que beiravam a pornografia, mostravam o consumo de drogas, narravam incestos e faziam duras críticas políticas e sociais ao estilo de vida norte-americano. Uma forma de manifestação artística totalmente afinada com a contracultura das décadas de 60 e 70.

Outro artista fenomenal da arte dos quadrinhos foi Will Eisner (1917-2005). Com uma produção inovadora desde os anos 40, quando lançou "The Spirit", uma série de historinhas que revolucionou a linguagem dos quadrinhos, com o uso de elementos visuais cinematográficos, Eisner protagonizou nos anos 70 mais um salto de patamar na arte dos quadrinhos. Com a obra “Um Contrato com Deus”, lançada em 1978, ele torna mais elaborada a estética dos quadrinhos com a popularização das graphic novels. Apesar de ser um tipo de álbum gráfico que já existia desde os anos 60, como nas publicações das historinhas de Tintin e Asterix, as graphic novels a partir do trabalho de Eisner ganham uma densidade visual e de narrativa que as assemelharam às melhores obras literárias da época. Em sua narrativa autobiográfica sobre os fatos e personagens dos cortiços do bairro nova-iorquino do Bronx nos anos 30, Eisner apresenta um olhar único sobre a vida dos imigrantes, suas emoções e conflitos culturais.


                                             


Mas o universo infantil continuava a gerar uma riqueza de historinhas e personagens para os quadrinhos. No Brasil, na virada dos anos 50 para os 60, Maurício de Sousa começou a criar uma série de personagens que virariam sucesso nacional. A “Turma da Mônica” nasceu com Franjinha e seu cachorrinho Bidu em tiras publicadas na Folha de S. Paulo em 1959. Nas décadas seguintes, Mônica, Cebolinha, Cascão, Magali, Chico Bento e toda a turma ganhariam seus gibis e o sucesso dos personagens e suas historinhas fizeram de Maurício de Sousa um dos grandes nomes dos quadrinhos internacional.

                                   


Os anos 80 iniciaram uma nova era de ouro para os quadrinhos. Naquela década, houve a consagração das graphic novels não só como um formato mais sofisticado para os gibis, mas também como um veículo que permitia novas experiências visuais e de roteiro para os artistas. Mas o mais importante é que apareceu uma nova geração de criadores geniais, como Frank Miller, Neil Gaiman e Alan Moore. Assim, já não havia mais como negar o reconhecimento das histórias em quadrinhos como uma nona arte. E o marco para isso foi o lançamento em 1986 da mini-série “O Cavaleiro das Trevas”, a versão de Frank Miller para a história do Batman. Não foi só o tratamento artístico diferenciado ao visual de Batman, seus inimigos e Gotham City, que fez da graphic novel um marco. Foi principalmente o aspecto soturno, sério, a complexidade psicológica dos personagens e uma trama que revelava os conflitos internos do herói que fizeram de “O Cavaleiro das Trevas” uma referência para uma nova era dos quadrinhos. A segunda metade da década de 80 traz ainda outras obras-primas como “Sandman” e “Orquídea Negra”, de Neil Gaiman, “Watchmen” e “V de Vingança”, de Alan Moore, e “Akira”, de Katsuhiro Otomo.

                                                   

Paralelamente à evolução dos quadrinhos ocidentais, os mangás, a forma japonesa de fazer historinhas em quadrinhos, têm conquistado leitores e mercados mundo afora. No Japão foram impressos 745 milhões de mangás em 2006 (em 1995 chegaram a ser impressos 1,34 bilhão de exemplares) e desde os anos 80 eles começaram sua invasão do Ocidente a partir da publicação nos Estados Unidos da série “Akira”. De lá prá cá, apesar do declínio de vendas no Japão nos últimos anos, os mangás conquistaram mercados na Europa e nas Américas, com as historinhas de “Os Cavaleiros do Zodíaco”, “Dragon Ball Z”, “A Princesa e o Cavaleiro” e “Astro Boy”, entre outros.


Desde o seu surgimento no final do século 19, as histórias em quadrinhos têm renovado constantemente sua linguagem e revelado artistas geniais e personagens inesquecíveis em todos os gêneros. Delas saíram alguns dos mais bem sucedidos e populares sucessos do cinema e da televisão nas últimas décadas. Até mesmo as artes plásticas, com a Pop Arte, e o teatro têm incorporado a linguagem e as criações dos quadrinhos. De arte de “menor valor”, os quadrinhos ganharam respeito e mercado. Apenas nos Estados Unidos, as vendas anuais de gibis alcançaram cerca de US$ 700 milhões em 2007, segundo estimativa da Comics Buyers Guide. Isso sem contar todos os subprodutos que eles geram, de miniaturas dos personagens a superproduções hollywoodianas.

Breve História dos Quadrinhos

Ao longo do século 19 aconteceu a pré-história dos quadrinhos. Histórias ilustradas, caricaturas e charges começaram a aparecer em jornais e livros. Entre maio de 1895 e maio de 1896, o "Menino Amarelo", criação de Richard Outcault, tornou-se o primeiro personagem a aparecer semanalmente num jornal. A virada do século 19 para o 20 marcou o surgimento de uma leva de artistas e personagens, com destaque para “Os Sobrinhos do Capitão”, de Rudolph Dirks, “Chiquinho” (ou “Buster Brown”, a versão burguesa do pobretão "Menino Amarelo"), de Richard Outcault, e as revolucionárias historinhas de “Little Nemo in Slumberland”, de Winsor McCay.

Mas é nas décadas de 20 e 30 que desponta uma geração de criadores e criatura geniais. Entre eles, Pat Sullivan com o Gato Félix, Hergé com Tintin, Hal Foster com Tarzan e Príncipe Valente, Walt Disney com Mickey Mouse e o Pato Donald, Max Fleischer com Betty Boop, Alex Raymond com Jim das Selvas e Flash Gordon, Al Capp com Ferdinando, Lee Falk com Mandrake e Fantasma, Bob Kane com Batman e Jerry Siegel e Joe Shuster com o Super-Homem. Apesar da crise econômica da Grande Depressão nos Estados Unidos, iniciada no final da década de 20, os anos 30 foram uma época de ouro para os quadrinhos. Além das histórias seriadas nos jornais, eles passaram a ter um veículo exclusivo, os comic books ou gibis, que traziam histórias completas e eram impressos em formato meio tablóide. As historinhas também não se limitavam mais a serem cômicas. Elas passaram a ser também de aventura, fantasia e ficção científica.








A partir daquele momento, os super-heróis e a popularização dos quadrinhos tornaram essa linguagem uma das mais atraentes e importantes para a cultura jovem. Mas, o preconceito contra as historinhas manifestado pela estética tradicional e pelos estudiosos deixou durante muito tempo de reconhecer a complexidade e a riqueza das narrativas que unem imagens e textos nos quadrinhos e o impacto delas na cultura popular e na contestação sócio-política durante o século 20.




Nos anos 30, os quadrinhos ganhavam popularidade no Brasil também. No final da década surgiu no país as revistinhas “Globo Juvenil” e “Gibi”, as primeiras publicações no mesmo formato dos comic books norte-americanos com historinhas completas de personagens como Super-Homem, The Spirit, Tocha Humana e Roy e Bob, entre outros. O sucesso do “Gibi” foi tal que o nome virou sinônimo para todas as revistinhas de histórias em quadrinhos lançadas no país.



A partir do final da Segunda Guerra Mundial com o surgimento da adolescência como um fenômeno cultural mundo afora, os quadrinhos conquistaram cada vez mais espaço na cultura jovem. Exemplo maior desse sucesso foi Charles Schulz, que criou em 1950 "Minduim" (Peanuts). Seus personagens principais são um garoto complexado e perdedor chamado Charlie Brown e um cãozinho beagle curioso e filosófico chamado Snoopy. Os constantes fracassos de Charlie Brown transformaram-se em um consolo para crianças e adolescentes ao redor do planeta, que têm que conviver e enfrentar seus próprios insucessos e vergonhas numa sociedade tão competitiva como a que emergiu a partir dos anos 50.




Desde a década de 40, devido ao sucesso dos gibis do Super-Homem, surgiu também uma legião de super-heróis e super-vilões. A influência da Guerra Fria (conflito político, ideológico e cultural entre os Estados Unidos e a União das Repúblicas Socialistas Soviéticas), nos anos pós-Segunda Guerra, ampliou a população de super-heróis e vilões. Nessa época, um dos artistas que mais se destacou foi Stan Lee ao criar personagens como Homem Aranha, Quarteto Fantástico, Homem de Ferro, Incrível Hulk, Thor, X-Men, Demolidor e o Surfista Prateado.









Dos quadrinhos para o cinema




Desde os primórdios, quadrinhos e cinema estiveram muito próximos, afinal as historinhas impressas são praticamente um roteiro visual cinematográfico (uma story line). Mas a passagem de um universo para outro nem sempre é uma realização fácil ou bem sucedida.
Os super-heróis ganharam super produções que geraram super bilheterias, como as séries do Homem Aranha, do Batman e dos X-Men. Mas, uma das mais inovadoras experiências cinematográficas a partir dos quadrinhos foi o filme “Sin City” (2005), dirigido por Robert Rodrigues com a co-direção de Frank Miller e tendo Quentin Tarantino como diretor convidado.
Criado a partir da obra homônima de Miller, o filme conseguiu ser a mais fiel e inovadora passagem da linguagem dos quadrinhos para a telona. Todos os recursos gráficos usados por Miller são reproduzidos na linguagem cinematográfica, só que de uma forma que potencializa os sentidos expressos nos quadrinhos. A violência e a sensualidade que transbordam no gibi, transbordam também na tela do cinema.
O resultado é um filme que pode ser classificado como um típico clássico do cinema noir com os poderes sobrenaturais permitidos aos personagens dos quadrinhos. A simbiose é tal, que até dá para imaginar se a genialidade de Frank Miller não transformou em quadrinhos primeiro (lançados entre 1991 e 1992) o filme que ele tinha na cabeça.



sábado, 23 de janeiro de 2010

Afinal, o que é história em quadrinhos?

Introdução






Quadrinhos, a primeira vista achamos que pode ser uma sequência de quadros?!? É realmente isso mesmo.

Uma definição bem simples é que os quadrinhos são uma sequência de quadros que expressam uma história, informação, ação, etc.

História em quadrinhos, quadrinhos, gibi é uma forma de arte que conjuga texto e imagens com o objetivo de narrar histórias dos mais variados gêneros e estilos.

São, em geral, publicadas no formato de revistas, livros ou em tiras publicadas em revistas e jornais.

São conhecidos como comics nos Estados Unidos, bande dessinée na França, fumetti na Itália, tebeos na Espanha, historietas na Argentina, muñequitos em Cuba, mangá no Japão.

A história em quadrinhos é chamada de “Nona Arte” dando seqüência à classificação de Ricciotto Canudo. O termo “arte sequencial” (traduzido do original sequential art), criado pelo quadrinista Will Eisner com o fim de definir “o arranjo de fotos ou imagens e palavras para narrar uma história ou dramatizar uma idéia”, é comumente utilizado para definir a linguagem usada nesta forma de representação.

Uma fotonovela e um infográfico jornalístico também podem ser considerados formas de arte sequencial.

Revista em quadrinhos

A revista em quadrinhos, como é chamada no Brasil, ou “comic book” como é predominantemente conhecida nos Estados Unidos, é o formato comumente usado para a publicação de histórias do género, desde séries românticas aos populares super-heróis. Em Portugal a expressão usada é ‘Revista de Banda Desenhada’.

Graphic novel

Graphic novel é um termo para um formato de revista em quadrinhos que geralmente trazem enredos longos e complexos, frequentemente direcionados ao público adulto. Contudo o termo não é estritamente delimitado, sendo usado muitas vezes para implicar diferenças subjetivas na qualidade artística entre um trabalho e outro. Em Portugal usa-se também a tradução: Novela Gráfica, mas raramente.

Webcomic

Webcomics, também conhecido como "online comics", "web comics" ou "digital comics" são histórias em quadrinhos publicadas na internet. Muitas webcomics são divulgadas e vendidas exclusivamente na rede, enquanto outras são publicadas em papel mas mantendo um arquivo virtual por razões comerciais ou artísticas. Com a popularização da internet, o formato webcomic evoluiu, passando a tratar desde as tradicionais tiras diárias até graphic novels.


Fanzine


Um fanzine é uma revista em quadrinhos amadora, feita de forma artesanal a partir de máquinas de xerox ou mimeógrafos. É uma alternativa barata àqueles que desejam produzir suas próprias revistas para um público específico, e conta com estratégias informais de distribuição. Diversos cartunistas começaram desta maneira antes de passarem para espécies mais tradicionais de publicação, enquanto outros artistas estabilizados continuam a produzir fanzines paralelamente à suas carreiras.

O termo é também usado para definir publicações amadoras feitas por fãs de outros meios de entretenimento, trazendo notícias e ensaios sobre música, esportes e programas de televisão em geral.

Origem

É possível remontar aos tipos de registo pictórico utilizados pelo homem pré-histórico para representar, por meio de desenhos, as suas crenças e o mundo ao seu redor. Ao longo da história esse tipo de registo se desenvolveu de várias formas, desde a escrita hieroglífica egípcia até às tapeçarias medievais, bem como aos códigos/histórias contidos numa única pintura.

































Fonte: Almanaque Gigantte